quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

A MORTE DO AUTOR EM ROLAND BARTHES: pensando a autoria em tempos de redes sociais virtuais


Introdução
O presente artigo traz como objeto de análise e reflexão o ensaio intitulado A morte do autor, escrito por Roland Barthes e, originalmente, publicado em sua obra O rumor da língua[1], em 1984[2].Nesta obra, especificamente em relação ao autor, Barthes traz uma crítica à concepção moderna da figura daquele, enquanto pessoa que escreve algo, e da crítica literária de uma época.
Para Barthes, o que está em jogo é modo pelo qual a crítica literária tem atribuído sentido às obras escritas, a partir da importância que dá às mesmas, uma vez que “a explicação da obra é sempre procurada do lado de quem a produziu, como se, através da alegoria mais ou menos transparente da ficção, fosse sempre afinal a voz de uma só e mesma pessoa, o autor, que nos entregasse a sua ‘confidencia’”[3].Para a crítica literária moderna, ainda de acordo com Barthes, compreender uma obra implicaria necessariamente considerar o ato criador do autor, como um artista desgarrado da tradição antiga e, portanto, com uma inspiração “divina” da Renascença – que, mesmo fundada na revalorização das referências culturais da Antiguidade, colocava o homem com centro do universo – e, posteriormente, como uma espécie de criatura singular, enquanto típica criação da Modernidade capitalista.Até então, o autor era visto pela crítica literária como um “gênio” que, por seu ato criador, a partir de uma concepção individualista, com suas bases no capitalismo efervescente, seria o legítimo detentor de sua própria obra.No entanto, para Barthes, isso se rompe, aos poucos, posto que a mitificação da figura do Autor-Deus foi perdendo espaço para a atenção à linguagem daquilo que está escrito. E é neste momento que se Barthes anuncia a “morte do autor”.Afinal, como assevera ele, enquanto espaço de dimensões múltiplas, onde se “casam e se conflitam escritas variadas [...] o “texto é um tecido de citações”[4].
Por tais razões, ainda na perspectiva de Barthes,
"um texto é feito de escritas múltiplas, saídas de várias culturas e que entram umas com as outras em diálogo, em paródia, em contestação; mas há um lugar em que essa multiplicidade se reúne, e esse lugar não é o autor, como se tem dito até aqui, é o leitor: o leitor é o espaço exato em que se inscrevem, sem que nenhuma se perca, todas as citações de que uma escrita é feita; a unidade de um texto não está na sua origem, mas no seu destino, mas este destino já não pode ser pessoal: o leitor é um homem sem história, sem biografia, sem psicologia; é apenas esse alguém que tem reunidos num mesmo campo todos os traços que constituem o escrito"[5].
 No caso deste trabalho, assumo pessoalmente os riscos de minhas próprias reflexões, razão pela qual trato de discorrer sobre minhas ideias na primeira pessoa do singular, facultando ao leitor as compreensão que lhe é conveniente.Mesmo porque, como autor, já escrevi algumas coisas que vão desde livros até simples mensagens na rede mundial de computadores (internet), incluindo textos em um blog, e curtas expressões em redes sociais, sobre as quais faço, neste momento, uma reflexão.Minha questão problema nasce a partir de uma constatação: percebi que, mediante diversos compartilhamentos de mensagens de texto, com o decorrer do tempo, parece haver um desligamento – para valer-me de expressão empregada por Barthes – entre aquilo que escrevo e a minha pessoa, considerando que sou o autor daquilo que eu próprio produzo.Eu mesmo já me deparei com mensagens por mim escritas e que, devido à quantidade de compartilhamentos – gentilmente efetuados por meus amigos virtuais – parecem distanciaram-se de mim, ficando perdidas no ciberespaço[6].Além do compartilhamento, existe a possibilidade de se copiar uma mensagem e efetuar sua colagem, como se fosse da autoria de quem quer que seja. O que para alguns pode ser tido como plágio, para outros, nada mais parece ser do que estar de acordo com as próprias regras do “jogo social” na rede virtual. Quanto a isso, parece haver uma liberdade ilimitada nas redes sociais, contradizendo outras situações, como aquela concernente às implicações pessoais e meso legais advindas de certas manifestações do pensamento. Mensagens de cunho preconceituoso, que envolvam violência contra animais, abuso infantil, entre outras, comumente são rechaçadas pela “comunidade”, quando o próprio moderador não se encarrega de deletar a postagem e bloquear o perfil do transgressor, bem como, em casos mais drásticos, excluí-lo da ágora virtual.
Voltando à minha experiência, em determinados casos, é como se eu morresse enquanto autor daquilo que próprio escrevi. Morte esta que, aliás, torna-se foco de minha preocupação neste mesmo artigo.Advirta-se, desde já, que não pretendo lançar um olhar sobre a morte do autor, na perspectiva de Foucault[7], uma vez que não estou preocupado, neste exato momento, com a relação que se estabelece entre sujeito, discurso e poder.
O que pretendo aqui é analisar a autoria, a partir da relação que o leitor estabelece com o autor de uma obra que se encontra à sua frente.
Autoria, morte e (re)nascimento: a inversão do mito autoral
Ontem, postei um pequeno texto numa rede social. Hoje, pela manhã, já tinha percebido que havia várias “curtidas”, alguns “comentários” e mais alguns “compartilhamentos”.Confesso que fiquei contente com a atenção de meus amigos – ainda que virtuais – para comigo e com aquilo que eu havia escrito. Alguns curtiram, outros comentaram, enquanto outros compartilharam meus pensamentos.Agora, à noite, vejo como o que eu escrevi já foi tantas vezes compartilhado naquela mesma rede social – de Fulano para Sicrano, de Sicrano para Beltrano, e assim vai – que já nem vejo mais referência à minha pessoa como autor daquilo que eu mesmo escrevi. Observo, inclusive, que existem comentários sobre o que originalmente escrevi em compartilhamentos alheios, sem que meu nome sequer seja mencionado.Poderia até ficar aborrecido com a possibilidade plágio. No entanto, por ora, preocupo-me como aquilo que Barthes chama de a morte do autor, pelo que fico pensando em como o que escrevi se afastou da minha pessoa.Vislumbro até a possibilidade de eu mesmo ter morrido naquela rede social, de compartilhamento em compartilhamento.A morte nas redes sociais nem é uma possibilidade absurda, eis que basta alguém excluí-lo do perfil de amigos e/ou bloquear seu acesso ao perfil dele que você já era (pelo menos para quem assim procede).Tal reflexão é plausível à medida que me vem à mente a premissa de Barthes[8] de que “a escrita é a destruição de toda voz, de toda a origem”.Na perspectiva de Barthes[9], o autor seria uma invenção moderna, com suas bases no empirismo inglês, no racionalismo francês e na fé pessoal da Reforma, dando ao indivíduo um prestígio de “pessoa humana”, um protagonismo sem igual. E, segundo ele, isso teria acabado.Ademais, incide a questão temporal, posto que, como autor, tornei-me passado daquilo que eu mesmo escrevi na tal rede social, ainda que pensamento e linguagem sejam simultâneos, conforme propõe Merleau-Ponty[10].
E, nas redes sociais, isso fica mais evidente. Da impressão de Gutenberg ao digitar de textos numa rede social, eis que, o compartilhamento daquilo que escrevo – e mesmo qualquer pessoa assim o faz – traz à tona à inversão do mito do criador, problematizada por Barthes. Isso porque, como propõe este pensador, o “nascimento do leitor deve pagar-se com a morte do autor”.Isso se faz possível à medida que não escrevo para mim, mas, justamente, para ser lido, pensado e quiçá, compartilhado entre outras pessoas.Ademais, seria soberbo de minha parte crer que aquilo que escrevo é uma criação exclusivamente minha, posto que reconheço que também “misturo as escritas” (para valer-me de expressão de Barthes), enquanto ação de pela qual, em meu trabalho, “costuro” um “tecido de citações”.Posso, inclusive, assumir-me como aquelas mulheres rendeiras do nordeste brasileiro que, a partir de conhecimentos adquiridos, de gerações em gerações, compõem suas artes em tecidos coloridos, com formas e desenhos variados. O pensamento em suas mentes e a expressão em suas mãos hábeis, como demonstram em uma renda bilro, por exemplo, passando linhas de mãos em mãos e dedos em dedos, rapidamente, trazendo para a realidade aquilo que encontra-se no plano das ideias.
Assim, talvez, o distanciamento da ilusão de que seria eu um Autor-Deus – como poderia vir a acreditar, na Renascença ou na Modernidade, segundo a visão de Barthes – e, consequentemente, o fato de assumir que sou um mero “costureiro” ou “alfaiate” de um texto que escrevo tragam-me um conforto e consciência de minha própria humanidade.
Aquilo que escrevo é apropriado por um ou diversas pessoas, como alguém que veste uma roupa feita por um alfaiate. A “arte têxtil” cabe em seu corpo, de acordo com suas expectativas. Em alguns casos, quem veste a tal “arte”, sob a forma de uma roupa, pode customizá-la: excluir alguma parte ou acrescentar algo à peça, dando-lhe a sua identidade própria.
No entanto, isso não significa que estou obrigado – ou qualquer pessoas assim esteja – a escrever para agradar o gosto dos outros, como quem produz uma comida, roupa ou outro bem à la moda fit.
Mas, ainda sobre a tomada daquilo que é escrito por alguém, pode-se imaginar os perigos advindos de tal atitude, como se viu, por exemplo, na apropriação dos escritos de Nietzsche[11] pelos nazistas, durante a primeira metade do século passado, bem como vê-se o problema da apropriação, inclusive indevida, daquilo que escrevemos. O super-homem nietzscheano[12] é a prova cabal disso, utilizado para forjar uma “raça superior” e exterminar milhões de pessoas nos campos de concentração e extermínio, pela Europa.
Em situações como essa, mesmo na ausência de previsibilidade do autor, numa metáfora, o doutor Jerkyll acaba por criar, ainda que involuntariamente, um monstro – Hyde – sobre quem acaba por perder o controle. A criatura liberta-se de seu criador e, de sonho, torna-se um pesadelo[13].
E, em tempos de “politicamente correto” a questão daquilo que escrevemos e os outros leem e, por vezes compartilham, torna-se mais delicada. Neste sentido, o diálogo nem sempre é claro entre as partes envolvidas.
Numa outra via, a possibilidade do afastamento da escrita de seu autor, prenunciando sua própria “morte”, faz com que possamos ler Heidegger sem que, necessariamente, sempre nos deixemos levar por seu já conhecido atrelamento ao partido nazista, o que, inclusive, o teria levado a ocupar o cargo de reitor da Universidade de Freiburg[14].
O mal-estar de saber que Heidegger foi um nazista[15] e que não se deteve enquanto milhões de judeus eram exterminados nos campos de concentração é, senão dissipado, amenizado, para que, finalmente, pessoas como eu (que tivemos parentes próximos ou longínquos exterminados) possamos ler o mencionado “gênio”.
Como dito, para Merleau-Ponty, pensamento e linguagem[16] nasceriam juntos, pelo que o solipsismo cartesiano[17] seria uma alternativa para a preservação da vida intelectual de uma pessoa. O “penso logo existo” (cogito ergo sum) manteria a vida de uma pessoa, contanto que ela própria nada escreva. Uma vez que algo se escreva, em primeira instância, estar-se-ia diante de sua “morte”, pelo imediato desapego de seu corpo, por intermédio de uma obra intelectual expressa em contrações musculares que estimulam a escrita, em relação à sua alma. Da mente ao corpo, do corpo ao preto e branco.
Contudo, numa instância mais radical, a própria alma estaria condenada a ser subjugada por quem dela se apropria. Afinal, não é raro o questionamento acerca da impossibilidade do afastamento da mente do autor em relação aquilo que ele escreveu.
Volta-se, pois, a questão concernente a Heidegger, por exemplo, em saber se é possível ler seus escritos sem que, no entanto, seja possível esquecer que o mesmo foi um nazista. O mesmo pode-se dizer em relação a Rousseau, autor de Emílio ou da educação[18] – um marco literário no campo da educação –, entre outros escritos, e que, sabidamente, abandonou todos os seus filhos.
Que fique claro que não se trata aqui de uma discussão sobre ética, mas de um debate meramente no campo da linguagem, tomando a antropologia filosófica como meio de análise da questão proposta.
Trata-se de um ponto nodal para se compreender o distanciamento entre o autor e quem se depara com o que ele escreveu. Neste sentido, tomando a morte do autor em Barthes, pode-se perceber como Nietzsche, Heidegger, Rousseau e tantos outros “morreram” em seus escritos – antes mesmo de tornarem-se cadáveres – diante da apropriação de suas obras por um número quase infinito de leitores. E morreram esquartejados, cujos pedaços foram consumidos segundo a conveniência de cada leitor ou massa de leitores.
Há ainda quem rumine um pouco de Nietzsche, saboreando-se com seus aforismos sobre os problemas ligados ao homem, um pouco de Heidegger, ao debruçar-se sobre as questões de ordem ontológicas ou fenomenológicas, um pouco de Rousseau, quando se pensa nas questões ligadas à educação...
Assim, recorrendo a uma metáfora mítica, à parte da racionalidade apolínea – ensejadora da escrita, enquanto manifestação racional, artística e autoral, ligada à uma identidade específica –, a mesma escrita permite o esquartejamento do autor por todos aqueles que de sua obra se apropriam, como os presentes aos bacanais dionisíacos que consumiam as carnes de um touro ou bode abatido.
O preto e branco numa superfície real ou virtual revelam-se como a carne do autor, devorada por aqueles que são chamados a participar de um ritual que assume uma aparência trágica, para se utilizar de expressão de Nietzsche[19], especialmente nas rede sociais, onde o autor entrega-se à antropofagia por parte de seus leitores. Se, por um lado, a escrita implica, inclusive, nas redes sociais, a “morte” do autor, por outro, possibilita o seu renascimento dionisíaco, estimulado por escrever mais e ser novamente devorado, como um touro nos bacanais promovidos pelo deus helênico Dionísio, ressuscitando-o, a cada vez, em forma de brincadeira juvenil[20].
Ao autor pode-se atribuir, portanto, a sua vertente trágica: do principium individuationis ao uno primordial, da autoria individual à apropriação coletiva de sua escrita[21].
Conclusão
Barthes lança luz sobre a ruptura da visão de autoria fundada na crença divina da Renascença e do individualismo capitalista da Modernidade, como produto da concepção da figura de um Autor-Deus, cuja mente haveria concentrar as preocupações da crítica literária até então.
O que Barthes propõe é a busca de um modo de percepção em que os textos não sejam tomados como meras criações individuais mas, ao contrário, como obras coletivas, com base na relação que se estabelece entre o que foi escrito e o leitor.
Isso ajuda a perceber como a autoria não é uma “dádiva”. No máximo, uma possibilidade de trazer à mente várias ideias, partes de obras lidas, escritas por um sem número de pessoas, realizando uma espécie de bricolage. Quem escreve algo o faz a partir de um vasto arcabouço adquirido mediante a leitura de outras obras, previamente lida.
Tal fato também contribui para uma reflexão sobre a apropriação por parte dos leitores daquilo que alguém escreve e, inclusive, neste momento, compreender, em tempos de redes sociais virtuais, a dinâmica do compartilhamento do que deixamos à disposição das pessoas.
Trata-se de, como assinala Barthes, pensar o autor a partir da relação que os leitores mantém com seus escritos. “Break oh through (to the other side)” – “atravesse para o outro lado – , já dizia Jim Morisson, à frente da banda The Doors. Esta seria uma proposta.
Tem-se, pois, como concebeu Barthes, a morte do autor atrelada ao nascimento do leitor.
Assim, no meu caso, entendo perfeitamente a minha morte, a partir daquilo que eu mesmo escrevo nas redes sociais. Morro inúmeras vezes, por certo, a cada vez que escrevo. Tal morte se consolida com a apropriação daquilo que escrevo por meus leitores.
E sei que faço o mesmo em relação a vários autores, cotidianamente.
Mas, de igual sorte, acredito que hei de renascer para escrever mais e mais, enquanto você lê e, pensando, torna-se coautor daquilo que comecei a “costurar”, na medida em que já pensa sobre isso tudo e, de acordo com seu gosto, também já pensa em retirar ou acrescentar algo.
Referência
BARTHES, Roland. A morte do autor. In: ______. Rumor da língua. [Trad.] Mario Laranjeira. São Paulo: WMF Martins Fontes: 2004.
BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia grega. Volume II. Petrópolis: Vozes, 1987.
DESCARTES, René. Meditações metafísicas. [Trad.] Maria Ermantina Galvão. 2. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso: aula inaugural no Còllege de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970. [Trad.] Laura Fraga de Almeida Sampaio. 21. Ed. São Paulo: Edições Loyola, 2011.
LÈVY, Pierre. Cibercultura. [Trad.] Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34, 1999.
LLOSA, Mario Vargas. A civilização do espetáculo: uma radiografia do nosso tempo e da nossa cultura. [Trad.] Ivone Benedetti. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.
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NIETZSCHE, Friedrich. Assim falou Zaratustra. [Trad.] Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
______. O nascimento da tragédia, ou helenismo e pessimismo. [Trad.] J. Guinsburg. . São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
ROUSSEAU. Jean-Jacques. Emílio ou da educação. [Trad.] Sergio Millet. 2. Ed. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1973.
RUTA, Christina. Cadernos autobiográficos reavivam debate sobre Heidegger e o nazismo: lançamento gradual de escritos inéditos de 1930 a 1970 – os “Cadernos negros” – lança luz sobre papel do antissemitismo no pensamento do filósofo. Publicação de correspondência privada anuncia novo round no debate. Deutsche Welle, Notícias, Cultura e Estilo, 16/03/2014. Disponível em http://www.dw.de/cadernos-autobiogr%C3%A1ficos-reavivam-debate-sobre-heidegger-e-o-nazismo/a-17488624. Acesso em 28/10/2014.
STEVENSON, Robert Louis. O médico e o monstro: Dr. Jerkyll Mr. Hyde. [Trad.] José Paulo Golob, Maria Angela Aguiar e Roberta Sartori. São Paulo: L&PM, 2002.





[1] Originalmente, publicado com o título Le Bruissement de la langue.
[2] Neste trabalho, utiliza-se como fonte a edição publicada no ano de 2004, pela WMF Martins Fontes.
[3] BARTHES, 2004, p. 66.
[4] BARTHES, ibidem, p. 68.
[5] IDEM, ibid., p. 70.
[6] Apoio-me na definição de ciberespaço de Lévy (1999, p. 17), para quem este “é o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial de computadores”.
[7] FOUCAULT, 2011.
[8] BARTHES, op. cit., p. 64.
[9] IDEM.
[10] MERLEAU-PONTY, 1991.
[11] Refiro-me, por exemplo, à obra Assim falou Zaratustra.
[12] NIETZSCHE, 2011.
[13] STEVENSON, 2002.
[14] RUTA, 2014.
[15] STEINER apud LLOSA, 2013, p. 18.
[16] E não há como negar que a escrita é uma forma de linguagem. Cf. MERLEAU-PONTY, 1991.
[17] DESCARTES, 2005.
[18] ROUSSEAU, 1973.
[19] NIETZSCHE, 1992.
[20] BRANDÃO, 1987.
[21] Não confundir com a criação coletiva de uma obra ou com obras sem autoria, como se verifica nas tradições orais, nos textos sagrados (Bíblia e Torá, por exemplo) ou mesmo em alguns escritos gregos da Antiguidade. N.A.

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